Estabelecer relação entre o texto nominal escrito com o midiático;
Sensibilizar os alunos para a percepção das sensações e sentimentos expostos nos textos;
Identificar os elementos usados no filme para transmissão das sensações e sentimentos;
Reconhecer a importância da valorização do "velho" enquanto contribuição para preservação da identidade cultural.
O curta"A velha a Fiar" foi utilizado em uma oficina da olimpíada de língua portuguesa, com a intenção de estabelecer relação entre textos e áudio-visual, no âmbito da narrativa memorialista, possibilitando a ampliação do conhecimento dos alunos acerca do resgate de memórias de pessoas mais velhas - tema da olimpíada. Para tanto, as atividades realizadas foram os seguintes: leitura silenciosa do texto "como num filme", de Antônio Gil Neto; preparação para exibição do curta: questionamentos e comentários; exibição do curta; retomada à cantiga do filme; comentários acena do tema do filme; observação da relação texto-filme; identificação do papel dos elementos do filme: espaço, personagens, recursos sensoriais (ritmo, imagem e palavras); discussão acerca da seqüência do enredo e do papel dos personagens.
A partir da exploração do curta "A velha a fiar", os alunos aguçaram a habilidade de comunicação de sentimentos e sensações, aspecto necessário para construção de textos memorialistas, especialmente.
Os alunos perceberam o efeito sinestésico da cantiga popular usada no filme e traçaram comentários estabelecendo a relação do ritmo e do desfecho, da canção com um rolo de linha ou com a vida das pessoas: "há uma relação de interdependência entre os personagens". A partir de questionamentos do professor, os educandos notaram que na cantiga a mulher assume uma relação de superioridade em relação ao homem, quer pela morte dada ao homem, quer pela continuidade da velha a fiar.
Ainda houve a observação de que o inicio do filme é tomado pelo sentimento de saudade e bucolismo, que ganha forma na seqüência de imagens exibidas com a canção instrumental .
