- Ampliar conhecimentos já trabalhados em sala de aula, não só este ano, mas nos anos anteriores.
- Tornar os alunos críticos e participativos diante de fatos que acontecem na sociedade em que estão inseridos.
- Resgatar, nos nossos alunos, a valorização de virtudes e valores.
- Compreender a importância das atitudes individuais e coletivas para a preservação, conservação e uso racional do planeta.
- Valorizar o trabalho do homem e a capacidade de ações críticas e cooperativas, contribuindo para a formação cidadã.
- Valorizar a saúde individual e coletiva.
- Identificar diferentes ações humanas prejudiciais ao ambiente e - conhecer ações alternativas menos danosas.
- Promover a disseminação do conhecimento adquirido na escola entre a comunidade (pais, amigos, parentes vizinhos).
O nosso projeto foi iniciado com o estudo do poema "O bicho", de M.
Bandeira; fizemos análises orais e escritas voltadas para a
compreensão da realidade social e dos direitos e responsabilidades
em relação à vida pessoal, coletiva e ambiental. O filme "Ilha das
Flores" foi exibido junto com o documentário "O lixão sai, a gente
fica". Os vídeos permitiram aos alunos a ampliação e o
enriquecimento sobre os cuidados que devemos ter com a natureza e
com o uso de seus recursos naturais. Discutimos sobre as condições
de vida de quem "Vive do lixo" e a resistência deles pelo direito à
moradia (no lixão). Com o título, fizemos um paralelo entre a
ficção e a realidade. A turma refletiu e constatou a condição
degradante que muitos seres humanos vivem; discutimos sobre o
ambiente, lixo e educação ambiental, assuntos que nos põem todo o
tempo em reflexão sobre o que pensamos, o que fazemos e com o que
podemos contribuir. Foi proposta, pelos alunos, uma visita ao lixão
existente no bairro. Elaboramos perguntas para entrevistar
moradores e pessoas que trabalham na comunidade. Realizamos várias
leituras sobre a temática. Fomos, com os alunos da Profª
Jacqueline, conhecer o lixão do bairro. Passamos por 3 lixões: o
1º, na esquina da escola. Descemos ladeira, com grotas, barreiras,
e encontramos o 2º lixão. As entrevistas, filmagens e fotografias
foram realizadas pelos alunos. Chegamos ao 3º lixão e entrevistamos
um gari, que não parou de fazer o seu ofício. Era grande a
quantidade de lixo, lama e animais mortos, com um cheiro
insuportável. As crianças comentaram e refletiram sobre a revolta
dos entrevistados, com relação ao crescimento da sujeira,
imundície, mau cheiro, doenças e da subcondição de vida dos
moradores da região. Visitamos algumas casas da comunidade e
fizemos a conscientização da coleta, destino e tratamento do lixo.
Por sugestão dos alunos, levaremos os vídeos, fotos e esse relato
às autoridades competentes.
O resultado foi satisfatório. As exibições sensibilizaram muito as crianças e causou um forte impacto nos alunos, que ficaram impressionados com a miserabilidade que assistiram. O filme "Ilha das Flores" permitiu aos alunos do 5ºano a ampliação e o enriquecimento sobre os cuidados que devemos ter com a natureza, com o uso dos seus recursos (água, ar, matas, solo, animais), além da situação de miséria de vários seres humanos. O trabalho foi bem desenvolvido com os alunos. Ficamos com acervos de fotos e de vídeos das entrevistas, que ficarão disponíveis para outros educadores que se interessarem. Salientamos que a ênfase dada a esse projeto causou um forte impacto em todos os envolvidos (alunos, professores, comunidade). A transformação de hábitos e, principalmente, de atitudes está sendo visível e muito salutar para ajudar ainda mais o ambiente, que é um bem de todos. Entusiasmadas por este resultado positivo e encantadas pelo interesse e envolvimento de todas as crianças, percebemos que ele abre um leque de inúmeras possibilidades de trabalho em todas as disciplinas durante todo o ano letivo. Por isso, nos comprometemos com a sua continuidade, envolvendo outras turmas e complementando-o ainda com a exibição de um filme baseado no mesmo tema, que se chama "Brinquedo mágico". Concluímos que não podemos e nem devemos cruzar os braços diante de fatos que nos são revelados constantemente pela história da espécie humana no planeta Terra, porque o tempo requer providências imediatas. Se seguirmos o cap.VI, Artigo 225 da Constituição Brasileira, sobre Direitos e Deveres, com certeza, tudo seria bem diferente.