Plano de Aula

APROXIMAR OS JOVENS DE HOJE DE ELEMENTOS DA VIDA RURAL

A Velha a Fiar | Ficção | De Humberto Mauro | 1960 | 6 min | RJ
05/03/2008
Educação Infantil, Ensino Fundamental - Anos Iniciais, Ensino Fundamental - Anos Finais, Formação de Educadores
Ciências, Geografia, Biologia, Língua Portuguesa, História
rsfrau
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Este curta ilustra a canção A velha a Fiar com imagens que já se tornam uma ampliação do universo cultural dos alunos só pelo fato de serem em preto e branco e apresentarem elementos como a roca e costumes das fazendas que muitos, certamente, nunca viram.
A Velha a Fiar ou também conhecida como A Velha a Bordar é uma canção popular que nos aproxima de um gênero escrito que são os contos acumulativos ou de repetição. Nestes contos os episódios são encadeados com ações e gestos que se relacionam e se repetem ao longo do texto. São conhecidos como jogos verbais pelo caráter lúdico, pois tendem a entreter e divertir aqueles que tentam verbalizá-los.
Para reproduzi-lo oralmente é necessário se apoiar na memorização e neste sentido ela se torna uma tarefa coberta de significado. Ao memorizá-los as crianças aprendem a verbalizar textos escritos com suas características próprias, completamente diferentes da forma oral.
Alguns exemplos desses tipos de conto: A mosca na moça, O macaco e a espiga de trigo, Cadê o toicinho que estava aqui, Casa Sonolenta, Maneco Caneco Chapéu de Funil, O grande Rabanete...


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Que os alunos:


 Reflitam, ampliem e avancem em seus conhecimentos sobre leitura e escrita.

 Compreendam que a escrita e leitura são atividades que atendem diferentes funções.

 Ganhem consciência da capacidade de serem produtores de textos mesmo antes de saber escrever convencionalmente.

 Percebam relações entre a linguagem falada e escrita.

 Utilizem a linguagem oral com eficácia, sabendo adequá-la a intenções e

situações comunicativas que requeiram conversar num grupo, expressar

sentimentos e opiniões, defender pontos de vista, relatar acontecimentos, expor sobre temas estudados.

 Participem de diferentes situações de comunicação oral, acolhendo e considerando as opiniões alheias e respeitando os diferentes modos de falar.

 Conheçam e reproduzam oralmente jogos verbais, como canções, contos acumulativos.

 Recontem contos acumulativos preservando características, seqüências e enredos dos textos.


1. Apresentação do curta: A Velha a Fiar , de Humberto Mauro


2. Conversar sobre o tema do filme, pontos apreciados, familiaridade, ou não, com imagens em preto e branco e o o que elas suscitam .



Orientação Didática:

Ao conversar com os alunos sobre o tema do curta o professor sensibiliza o grupo para aquilo que irá trabalhar. Ao ouvi-los abre espaço para crítica, para que teçam opiniões, estabeleçam relações com outras histórias já vividas ou conhecidas.



3. Propor ao grupo que recupere de memória a seqüência da canção.


4. Reescrita da canção



Orientação Didática:

Esta reescrita poderá ser feita coletivamente quando as crianças ditam ao professor o conteúdo a ser escrito. Com esta atividade os alunos podem aprender para que serve escrever e como se faz, pois há uma função real nesta escrita. Ao escrever o professor atua como um modelo para o grupo assumindo comportamentos escritores comuns a qualquer um que realize esta ação. Isto é: escreve da esquerda para direita, usa sinais de pontuação, separa palavras, relê o que já escreveu, corrige seu texto entre outras coisas.

A reescrita também poderá ser em duplas ou pequenos grupos, no caso da sala ter alunos que já escrevem convencionalmente.Estas crianças assumem o papel de escriba enquanto os demais componentes do grupo ditam o que deverá ser registrado.



5. Conversar com o grupo sobre a idéia do dia do desafio.



Orientação Didática:

Esse é um momento importante em que o professor compartilha o produto a ser construído por todos. A intenção não é que ele imponha sua vontade e sim dê a sugestão abrindo espaço para conversa, negociação e ajustes que os alunos propuserem. A aprendizagem ganha sentido, pois todos, tanto professor como alunos, se relacionam entre si e acerca de um objeto de estudo, um objetivo comum.



6. Ampliar repertório de contos acumulativos.



Orientação Didática:

O professor poderá trazer diferentes versões de um mesmo conto assim como apresentar outros enredos que venham a ampliar o repertório do grupo.



7. Eleger os contos que serão apresentados no dia do desafio.



Orientação Didática:

Ao eleger os contos, professor e aluno passam a explorá-los com mais afinco. Nesse momento os alunos serão convidados a memorizá-los e perceberão na escrita e leitura importantes aliados.

O professor pode compartilhar com o grupo diferentes estratégias que venham a contribuir na memorização. Ações como: tomar notas, desenhar, ler, em voz alta ou silenciosamente, várias vezes, entre outras.

A leitura tem uma intenção clara neste momento que é ler para memorizar assim como uma atribuição social comum a atores, jornalistas, cantores, etc,que usam desses meios para realizar bem suas profissões.



8. Práticas de Leitura:

 Ler para memorizar

 Ler para divertir.



 Colocar na ordem correta trechos do conto.

 Grifar no texto determinadas palavras, por exemplo: Velha, fiar,

 Descobrir a palavra omitida e buscar num banco de dados oferecido pelo professor a palavra correspondente.

 Comparar versões da mesma história



Orientação Didática:

Nesta atividade é importante que o professor garanta que os alunos já conheçam de memória o texto a ser organizado. Conforme o conhecimento de língua portuguesa dos alunos, o professor deve até mesmo informar de qual texto está se tratando, pois é desta forma que as crianças têm condições para colocar em jogo o conhecimento que vem construindo até o momento.

No caso de crianças leitoras, já a descoberta de qual é o texto, fará parte de um dos desafios da atividade.

Dessa forma todos podem encontrar problemas a resolver e enquanto uns precisam encontrar pistas para descobrir uma palavra solicitada, outros podem olhar para grafia correta da palavra, identificar qual é o texto.




9. Proposta de escrita:

 Listas:

 Títulos dos contos que já foram lidos

 Títulos já memorizados,

 Nome dos personagens que aparecem na história,

 Seqüência em que personagens aparecem e ações realizadas...



 Trechos dos contos ditados pelo professor

 Reescrita coletiva dos contos.

 Reescrita individual ou em duplas

 Escrita do texto a partir de ilustrações.

 Partes do conto para complementá-lo.(professor dá início e os alunos escrevem o final, e vice-versa)



Orientação Didática:

As atividades de escrita e reescrita contribuem para que as crianças comecem a refletir e ampliar o conhecimento sobre as propriedades dos textos (estrutura, características, traços diferenciadores, finalidade, intencionalidade) e propriedades da escrita (propriedades qualitativas e quantitativas, ortografia, separação entre palavras, pontuação) Assim como, compreendê-lo em seu sentido e lógica. No caso de salas muito heterogêneas o professor pode lançar mão de diferentes propostas que atendam as necessidades e especificidades dos alunos.

Dessa forma todos podem encontrar problemas a resolver na atividade.



10. Revisão texto.



Orientação Didática:

Após os textos estarem escritos inicia-se o trabalho de revisão que incluí a melhora do texto nos aspectos de ortografia, coerência e coesão.



11. Planejar o dia do desafio, escrita e distribuição de convites, fichas de inscrição, decidir os jurados, eleger os que se apresentaram, critérios para premiação....


12. Dia do Desafio: iniciar o evento com a exibição do curta: A velha a Fiar.
Apresentação do grupo e desafio aos convidados em reproduzir oralmente alguns dos contos apresentados.



Orientação Didática:

Para uma proposta ser significativa é importante que se tenha uma visibilidade final do produto e a solução do problema compartilhado com as crianças. Ao final de uma seqüência ou projeto, entendemos que a criança aprendeu porque teve uma intensa participação que envolveu a resolução de problemas de naturezas diversas.

O resultado de um trabalho não deve ficar guardado num caderno, pastas ou fichários, mas sim ser exposto por meio de uma ação, como um sarau de poesias, apresentação


de um teatro, seminários, exposições, por exemplo ou objetos concretos como livros, DVD, álbuns... Desta forma o conhecimento é transformado e tem um uso real e social.



13. Avaliação



Orientação Didática:

A avaliação deve acontecer ao longo de toda a seqüência, pois se acredita num processo no qual a criança é convidada a se envolver e realizar diferentes tarefas. Olhar para sua capacidade em resolver problemas, criar estratégias, analisar e refletir sobre a língua portuguesa podem ser alguns critérios avaliativos.

Produto


 Apresentação para outros grupos, comunidade, pais, de diferentes contos acumulativos no dia do desafio.

 Dia do desafio: alunos convidam os demais a verbalizarem alguns dos contos aprendidos




Para saber mais:



 PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais , MEC.

 Gêneros Orais e Escritos na escola, de Bernard Schneuwly, Joaquim Dolz e colaboradores, publicado pela Editora Mercado das Letras.

 O Ensino da Linguagem Escrita, de Myriam Nemirovsky, lançado pela Editora Artmed.

 Ler e Escrever na Escola - O Real, Possível e o Necessário, de Delia Lerner, Editora Artmed.

 Literatura Oral para a Infância e a Juventude, de Henriqueta Lisboa, com ilustrações de Ricardo Azevedo. Publicado pela Ed. Fundação Peirópolis.

 Estratégias de Leitura, de Renata Frauendorf e Beatriz Gouveia, artigo publicado na Revista Avisa lá no.7, ano 2. Jul/01.




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